Na vida...

Já sou uma mulher. Me sinto muito mais preparada pra vida do que há meros dois ou três anos. As bordoadas já não doem com a mesma intensidade e eu quero mesmo é que bata pra eu poder experimentar o gosto de me levantar mais uma vez! Insuportavelmente insuperável... Uma mulher pronta... como a minha mãe teria orgulho de ver. Pago minhas contas e não devo explicações. Feita, pronta e escolada. Pelo menos até a página 3. rsrsrs

O inexplicável dessa magia é quando a pré-adolescente me pega desprevinida. Ela fica ali, só espreitando, esperando o momento de dar o bote, e, de vez em quando, ela ataca novamente.

Agora estou re-apaixonada, pela enésima vez, pelo meu amor antigo e inútil. Por alguém que vem e vai de mim desde os 17 ou 18 anos. Aquele par de olhos verdes voltou a inundar as minhas pálpebras, mesmo quando elas estão fechadas. Não vejo mais nada, não quero mais nada. Só o seu sobrenome junto do meu. Um dia... eu prometo... ainda assino o nome dele. Papel passado, véus e grinaldas. Só o que eu quero é só o que sempre quis. E o que vim querendo e desquerendo ao longo desses anos. Ele... ele... ele...

Renovo as promessas e os planos. Crianças lindas de olhos cor-de-mel e domingos na casa do meu pai. A mãe dele e eu fazendo café na cozinha e vendo como a vida foi boa com a gente.

E ele, ali, do meu lado... Querendo tudo aquilo tanto quanto eu...

"A boy for you, a girl for me.
Can't you see how happy we would be?"